sábado, 27 de dezembro de 2008

Poesia 27 - MEU SERTÃO.

Mal acorda o sol
e já vai batendo asas.
Vai espantando a neblina
forasteira e sagaz.
Ah! se todo dia continuasse
com o frescor da manhã.
O tempo avança,passo a passo
o sol também lentamente,
vai correndo, correndo mundos afora,
Vias-lácteas, estrêlas e, meu sertão.
Castigado, fustigado de desejos e sonhos.

Meros desejos de setanejo.
Há meses que não chove!
Há um dia desses vai chover.
E, o sol malvado castiga
Lança fagulhas doiradas
sobre a terra esfalfada.
O azul celeste de vez em quando,
é manchado por uma nuvem cinzenta,
assustada pelo calor,
indo para bem longe, juntar-se
há outras no céu infinito.

Ao meio dia, sol a pino.
nem almas fugidias do purgatório
conseguem viver longe
de um juazeiro folhaz.

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